terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Razão de Escrever

Quando criança, tinha fortes sentimentos
Mas, tanto quanto eram fortes, eram efêmeros
Iam e vinham, assim como os pensamentos
E eu não cuidava de mantê-los com esmeros

Um dia esbanjava bem-estar
No outro, horror
Tentava, naturalmente, explicar
"Um dia da caça, outro do caçador"
Tudo o que me passava era uma sabedoria popular

Mas cresci e vi que aquilo era natural
Sabendo agora que todo sentimento era efêmero,
Não me sentia mais tão mal
Afinal, quando teria a oportunidade de sentir algo tão único de novo?

Daí surgiu uma necessidade
Eternizar os sentimentos nas palavras
Por mais dolorosa que seja a sensação,
Sinto, quando leio, tudo que senti quando sentia
Que, a mando da sensação, escrevia
Sublimes experiências e sentimentos,
Que, por isso, quero espalhar ao mundo

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